SOLIDARIEDADE, RESISTÊNCIA E LUTA PELO DIREITO À TERRA

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Mesmo com frio e agora com o início da chuva, 240 famílias resistem no acampamento Marcelino Chiarello, nome dado a ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na área de Floresta Nacional de Chapecó, que fica na divisa com o município de Guatambu.

 

As condições não são as melhores, mas com a ajuda de instituições e de muitas pessoas as famílias resistem embaixo de lonas, sem água, energia elétrica. Para aquecer, fogão a lenha e um bom chimarrão.

 

Aliás, foi com chimarrão quentinho que integrantes do movimento acolheram dirigentes sindicais e funcionários do SITESPM-CHR, que foram na tarde desta quinta-feira (16) prestar apoio às famílias, levar alimentos e lona.

A presidenta do Sindicato Vania Barcellos, manifestou à Coordenação solidariedade e apoio a luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e destacou que esta luta também é dos Servidores Municipais da Região Oeste organizados pelo SITESPM-CHR. “Desejamos aos homens e mulheres que fazem parte do acampamento força e sucesso nesta luta”.

 

AGROECOLOGIA

 

Uma das coordenadoras do movimento, explica que as famílias vieram de diversos locais da região em busca da conquista da terra. Ela deixa claro que a proposta é destinar uma parte dos 800 hectares de plantação de pinos para o cultivo de produtos agroecológicos. “O objetivo dos acampados é produzir no local produtos agroecológicos para a comercialização nos centros urbanos, como Chapecó. Dessa forma todos ganharão os assentados e a população que passará a adquirir produtos saudáveis”, afirma.

 

CRIANÇAS

 

São famílias inteiras acampadas nos barracos feitos de lona que resistem a chuva e ao frio. Além dos adultos, cerca de 50 crianças estão no acampamento, dessas 18 frequentam a escola na Fazenda Zandavalli, município de Guatambu. “Um ônibus escolar passa para pegar as crianças do acampamento e levar para a escola, garantindo a frequência escolar”.

 

NEGOCIAÇÕES

 

A ocupação na área deu início no dia 04 de junho de 2016 e segundo a coordenadora, existe uma determinação judicial para as famílias desocuparem a área até o dia 28 de junho, por isso, várias articulações estão sendo realizadas para que seja definida a situação em favor dessas famílias.

 

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