Servidores Municipais de Chapecó suspendem a greve e avaliam o fortalecimento da organização e da luta da categoria

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Após três dias intensos de greve, com atividades na praça, na Secretaria de Educação, na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, em Assembleia, na tarde desta quarta-feira (22), por unanimidade, os Servidores Municipais aprovaram a suspensão da greve e outros encaminhamentos na organização e luta da categoria.
 
A avaliação dos grevistas foi muito positiva sobre a capacidade do Sindicato e da categoria em ter construído e efetivado a greve em tão curto espaço de tempo em que o Prefeito apresentou o PLC 03 e o PLC 04 (06/03) e a votação na Câmara de Vereadores na tarde de terça-feira (21) e quarta-feira (22).
 
A Assembleia avaliou como vergonhoso o comportamento político do Prefeito e dos Vereadores que aprovaram, em curtíssimo tempo, sem nenhum debate ou negociação coletiva com o Sindicato da categoria, a destruição da principal garantia de valorização dos Professores em vigor desde 1993, eliminando os percentuais entre os níveis de titulação, fato que abre a porteira para o achatamento salarial da categoria.
 
A Assembleia conclui que ao invés de cumprir a Lei Federal 11.738/2008 do Piso Nacional do Magistério e a Lei Complementar Municipal 132/2001 do Plano de Carreira do Magistério Chapecoense o Prefeito decidiu não pagar o reajuste do Piso Nacional do Magistério em 2023, e para isso, decidiu acabar com essa garantia no Plano de Carreira para os próximos anos.
 
Juntamente com a suspensão da greve a Assembleia aprovou outros encaminhamentos:
 
1 – Solicitar acordo para a reposição dos dias de greve, combinado com o não desconto;
 
2- Entrar na Justiça com uma ação coletiva de cobrança do reajuste do Piso Nacional do Magistério (7,50%) negado pelo Prefeito no mês de janeiro de 2023.
 
3 – Continuar cobrando do Prefeito a reposição da perda salarial dos Servidores Municipais decorrente do reajuste de 0% da Revisão Geral Anual da Remuneração de janeiro de 2021.
 
“A categoria foi atropelada por um processo autoritário, que sempre teve por objetivo reduzir a valorização dos Servidores Municipais e a greve se constituiu na resposta necessária da categoria. Nesse sentido, apesar da consolidação dos objetivos do Prefeito, a unidade e a emoção coletiva vivenciadas na Assembleia demonstra que o direito de greve foi utilizado de forma adequado e deixa um legado à organização e luta da categoria em defesa dos seus direitos e valorização”, conclui Lizeu Mazzioni, presidente da Coordenação Municipal do Sindicato.

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